A integração biológica do homem com a máquina por meio da tecnologia já não é mais exercício de futurologia, e um dos principais exemplos dessa nova realidade é a popularização dos implantes corporais de biochip, dispositivo do tamanho de um grão de arroz. Por meio deles, muitas pessoas estão aposentando chaves, senhas e até cartões. Estimativas do setor calculam em mais de 700 mil o “exército” de humanos com biochips.
Neste mês, 50 funcionários da empresa norte-americana de tecnologia Three Square Market aderiram à proposta da empresa de implantar chips em seus corpos, com o objetivo de serem usados para pagar por comida na cafeteria da companhia ou como chave de acesso a departamentos e sistemas. Esse seria o primeiro caso de maiores proporções nos Estados Unidos, país que teve esse dispositivo aprovado pela FDA (a agência federal de saúde no país) em 2004.
No início deste ano, a empresa belga NewFusion, especializada em software para marketing digital, também incentivou o implante voluntário de chips em vários de seus empregados. O objetivo: facilitar o acesso a portas e computadores.
O mecanismo faz com que as pessoas praticamente tenham um cartão de crédito e um distintivo de identificação dentro da mão. “Estamos incentivando o uso dessa tecnologia para impulsionar tudo: de compras a abertura de portas, uso de copiadoras, registro em nossos computadores, desbloqueio de telefones, compartilhamento de cartões de visita, armazenamento de informações médicas e de saúde e pagamentos. Eventualmente, essa tecnologia será padronizada, podendo ser usada como passaporte, passe para o transporte coletivo etc.”, comentou o CEO Todd Westby, em um texto publicado no site da empresa.Na opinião do filósofo e futurista Max More, o hibridismo entre máquinas e seres biológicos faz parte da evolução humana. Nessa linha, o movimento “transumanismo” defende o melhoramento do corpo humano e de suas funções por meio de intervenções tecnológicas.