
Neste domingo é comemorado o Dia Mundial de Proteção à Camada de Ozônio, e para lembrar sobre a importância da data o Mestre em Oncologia pelo Institute of Cancer Research e especialista em Radioterapia pelo The Royal Marsden Hospital Foundation Trust, ambos em Londres, José Luiz Fuser Júnior, radioterapeuta da Clínica São Carlos (RJ), destacou a importância da proteção contra os raios ultravioletas, filtrados pela camada de ozônio.
"A radiação ultravioleta é uma das principais causadoras de tumores de pele e da catarata. Já existe comprovação científica de que a radiação ultravioleta influencia no aparecimento tumores não melanomas, que são os mais comuns", explicou o radioterapeuta.
No Brasil, dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) mostram que pelo menos 130 mil novos casos da doença surgiram em 2012.
Responsável por filtrar os raios ultravioletas (UVB) e controlar a temperatura média do planeta, a camada de ozônio funciona como uma espécie de capa protetora da Terra. Sua função é tão grande que 193 países assinaram um documento, em 1987, se comprometendo a cessar a fabricação do gás CFC, maior responsável pela destruição da camada de ozônio na atmosfera.
"Levantar questões sobre a importância da camada de ozônio e gerar mais informações sobre as doenças causadas pela exposição aos raios ultravioletas é extremamente relevante para a sociedade", afirmou José Luiz Fuser.
Dados do INCA revelam que 25% de todos os cânceres diagnosticados no país são do tipo de pele, cujo maior agente etiológico é a radiação solar. A incidência maior é após os 40 anos de idade.
"Para evitar as doenças de pele, é preciso controlar a exposição aos raios UVB, usar filtro solar e evitar o sol nos horários de pico. A prevenção é para todas as pessoas. Quem tem a pele mais clara tem uma reação maior ao efeito do sol, mas nenhum estudo comprova que estas pessoas estão mais propensas à doenças", explicou o radioterapeuta